Acostumados a transformar qualquer cerimônia em um grande evento festivo, os americanos preparam para sexta-feira uma festa para mais de 250 mil pessoas que vão saudar a ascensão ao poder de Donald Trump. A julgar pelo aparato de policial distribuído pelo National Mall, que se estende por três quilômetros, do Capitólio até o Lincoln Memorial, a segurança é a principal preocupação das autoridades em Washington. A 48 horas da posse, centenas de policiais com cães farejadores monitoravam a área. Agentes do FBI percorriam o gramado da esplanada, verificando o posicionamento de câmeras colocadas em torres, a força das grades que isolam o Capitólio, possíveis rotas de entrada e saída de pessoas. As informações são da Rádio Gaúcha.
Washington passou por uma transformação profunda nos últimos dias. Monumentos foram cercados, parques tiveram o horário reduzido – o Lafayette, em frente à Casa Branca virou uma base para forças policiais.
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O turista que escolheu esta época para tirar fotos na frente da residência oficial e sede do governo dos Estados Unidos saiu frustrado. Arquibancadas de mais de 10 metros de altura erguidas na avenida Pensilvânia escondem a fachada do prédio.
Os cuidados com a organização da posse se justificam pelo receio de o clima festivo ser quebrado por manifestantes insatisfeitos com o resultado da eleição. Grupos de ativistas de oposição à Trump contestaram na Justiça o fechamento da esplanada pelo comitê republicano de organização da posse. O pedido foi negado, e a entrada na esplanada do Capitólio somente será permitida com autorização. Ingressos estão sendo distribuídos para convidados e apoiadores da candidatura de Trump.
Apesar das restrições, protestos podem marcar a sexta-feira em Washington, uma situação atípica para a posse presidencial nos Estados Unidos – na história recente, houve reações contrárias ao novo presidente em 2001, com a cerimônia de George W. Bush, e em 1969, quando Richard Nixon assumiu a presidência. Organizações que representam os direitos das mulheres convocaram para sábado um protesto para marcar o primeiro dia de mandato de Trump.
O Comitê Republicano de Posse não faz previsões, mas as cerimônias de troca presidencial costumam reunir mais de 200 mil pessoas em Washington. Nem todos terão a chance de enxergar o local de posse, a tribuna montada na fachada oeste do Capitólio. Por isso, 35 telões foram espalhados na área. Para uma plateia de políticos e autoridades convidados por Trump, foi montada uma estrutura capaz de abrigar mais de 1,6 mil pessoas sentadas. Além de Trump e Barack Obama, os ex-presidentes George W.Bush (2001 a 2009) e Bill Clinton (1993 a 2001) e a candidata derrotada, Hillary Clinton, deverão estar presentes.
*Rádio Gaúcha