Novos governos no Brasil e na Argentina podem facilitar uma aproximação entre a Aliança do Pacífico e o Mercosul, segundo a avaliação do presidente colombiano Juan Manuel Santos. Chile, Peru, Colômbia e México formam a Aliança.
A aproximação entre os países, no entanto, ainda é difícil porque os dois blocos são baseados em paradigmas diferentes, explicou Santos, na quinta-feira. Paradigma, no caso do Mercosul, pode ser traduzido por protecionismo, admitiu o presidente. Os novos presidentes brasileiro e argentino podem promover, segundo Santos, uma abertura econômica maior.
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No ano passado, também numa entrevista em Davos, o presidente do México, Félix Peña Nieto, havia classificado um acordo entre os dois blocos como inviável, enquanto os países do Mercosul fossem muito fechados. Respondendo a uma pergunta sobre o assunto, horas depois, a presidente Dilma Rousseff mostrou-se pouco interessada nessa aproximação. Não valeria a pena, segundo argumentou, entregar tão facilmente o mercado brasileiro.
Laureado com o Nobel da Paz pelo acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o presidente colombiano recebeu nesta semana um prêmio do Fórum Econômico Mundial pela pacificação de seu país.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.