A proposta inicial de Donald Trump para o decreto que vetava a entrada de cidadãos de sete países nos Estados Unidos era ainda mais abrangente do que a ação suspensa, em parte, pela Justiça americana na noite de sábado. Segundo o conselheiro do presidente, Rudy Giuliani, Trump pediu inicialmente que fosse formulado um decreto para "proibir os muçulmanos" de entrar no país, que o governo transformou em uma ordem que suspende o fluxo de refugiados e cidadãos de Iraque, Iêmen, Síria, Irã, Sudão, a Líbia e Somália – cujas populações são de maioria muçulmana.
Leia mais:
Justiça suspende parte de veto de Trump a imigrantes e refugiados nos EUA
Após decreto de Trump, EUA detêm primeiros refugiados em aeroporto
Muro de Trump na fronteira deve abrir feridas mexicanas
– Quando mencionou pela primeira vez, (Trump) disse "banimento dos muçulmanos – afirmou o ex-prefeito de Nova York e assessor do presidente para segurança cibernética em uma entrevista ao canal Fox News no sábado. – Mostre a maneira de fazer isto legalmente – teria afirmado Trump a Giuliani, segundo o assessor.
Giuliani explicou que ele e uma equipe de juristas "concentraram, ao invés da religião, nas áreas do mundo que criam perigo", para redigir o decreto anti-imigração que provoca revolta ao redor do mundo.
Trump assinou na sexta-feira um decreto que suspende a entrada de refugiados muçulmanos durante 120 dias, assim como a entrada por 90 dias de cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. Giuliani disse que estes países foram escolhidos porque são "as áreas do mundo que criam perigo para nós".
–Tem base factual, não uma base religiosa – completou.