O Canadá vai oferecer residência temporária às pessoas que ficaram bloqueadas no país, devido à recente proibição migratória do presidente americano, Donald Trump, para pessoas procedentes de sete países de maioria muçulmana, anunciou neste domingo o ministro da Imigração, Ahmed Hussen.
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Hussen, que falou em coletiva de imprensa, não disse quantas pessoas ficaram bloqueadas no Canadá depois de Trump suspender, na sexta-feira, a entrada de refugiados nos Estados Unidos durante 120 dias, assim como a entrada de cidadãos de Irã, Iraque, Síria, Iêmen, Sudão, Somália e Líbia por 90 dias.
O ministro também disse que os EUA garantiram que os canadenses com dupla nacionalidade de alguns dos países atingidos pela medida não seriam afetados pelo decreto promulgado na sexta-feira.
Trump suspendeu a entrada aos Estados Unidos por 120 dias de todos os refugiados e dos cidadãos de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen durante três meses.
No sábado, o premiê Justin Trudeau já tinha saudado a chegada de imigrantes ao Canadá, marcando uma forte diferença com o decreto de Trump.
"Os canadenses damos as boas vindas àqueles que fogem da perseguição, do terror ou da guerra, independentemente de sua fé. A diversidade é a nossa força #WelcomeToCanada", escreveu Trudeau no Twitter.
Uma em cada cinco pessoas que moram no Canadá é de origem estrangeira, segundo o último censo de 2011. O Canadá recebeu mais de 39.670 refugiados sírios entre novembro de 2015 e o começo de janeiro passado, segundo cifras oficiais.
* AFP