O presidente colombiano Juan Manuel Santos afirmou, nesta sexta-feira, em Oslo, onde se encontra para receber o Prêmio Nobel da Paz, que a distinção concedida a ele é um grande incentivo para obter o novo acordo com a guerrilha das Farc.
– Este prêmio foi como um presente dos céus e é um enorme incentivo para conseguirmos este novo compromisso – depois que o primeiro foi recusado em um referendo.
Juan Manuel Santos recebe, no sábado, o Nobel da Paz por seus esforços de pacificação de seu país, mergulhado em um conflito armado de mais de 50 anos e que causou 260 mil mortos.
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O líder colombiano estará acompanhado por uma delegação de 30 pessoas, entre familiares, funcionários do governo e representantes das vítimas do conflito. A comitiva terá a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt e a representante da Câmara, Clara Rojas, ambas sequestradas em 2002 pela guerrilha das Farc e libertadas em 2008.
– Receberei o Prêmio Nobel de Paz em nome dos colombianos, mas especialmente em nome das vítimas do conflito – declarou Santos.
Santos, 65 anos, é o primeiro colombiano e o sexto latino-americano a conseguir essa distinção, que é concedida desde 1901. Ele receberá na capital norueguesa uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de 8 milhões de coroas suecas (950 mil dólares).
O presidente colombiano já anunciou que doará esta quantia para ajudar às vítimas do conflito armado que, durante meio século, envolveu guerrilhas, paramilitares e soldadores regulares, deixando milhares de desaparecidos e mais de seis milhões de deslocados.