As eleições legislativas de domingo (11) na Macedônia, que terminaram sem um vencedor claro entre a direita no poder e a oposição social-democrata, sugerem que o impasse político que já dura dois anos persistirá.
A Macedônia vive em um clima envenenado pelas acusações de corrupção, de espionagem em massa da população e de rumo autoritário que pesam sobre o ex-primeiro-ministro e candidato conservador, Nicola Gruevski.
Essas legislativas tinham o objetivo de resolver a crise neste país candidato à União Europeia. Com um salário médio nacional abaixo de 400 euros por mês e em meio a um alto índice de desemprego, a Macedônia enfrenta um intenso êxodo de sua população.
Segundo a imprensa e os dois grandes partidos, o VMRO-DPMNE (direita) de Nikola Gruevski e o SDSM de Zoran Zaev, todo mundo ganhou.
Na manhã desta segunda-feira (12), os macedônios podiam escolher a versão que preferissem.
"Décima vitória do VMRO-DPMNE", afirmava na capa o jornal pró-governo Dnevnik.
"Governo cai em Skopje", celebrou o concorrente pró-oposição Sloboden Pecat.
Com a apuração das urnas praticamente concluída, a vantagem do partido de Gruevski, no poder desde 2006, é ínfima: 38,06%, contra 36,69% do SDSM.
Não é certo que o resultado se traduzirá em novos assentos para os conservadores. Os dois partidos obterão cerca de 50 deputados em um total de entre 120 e 123, afirmam analistas.
jmi-rob/ng/sba/cr/aoc/mb/db/tt