Mantido como refém pelo grupo radical talibã, um casal americano-canadense fez um apelo ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e ao futuro mandatário da Casa Branca, Donald Trump, para que garantam a libertação da família. Por meio de vídeo, eles apareceram pela primeira vez com dois filhos, nascidos no cativeiro.
O canadense Joshua Boyle e a esposa americana Caitlin Coleman tiveram os filhos depois de terem sido sequestrados no Afeganistão, em 2012, durante uma viagem. O vídeo de quatro minutos foi divulgado pelo grupo de inteligência SITE.
– Esperamos desde 2012 que alguém entenda nossos problemas – declara Coleman, apelando para que Obama e Trump resgatem sua família.
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No vídeo, não fica claro se Coleman estava lendo o que dizia. A gravação teria ocorrido em 3 de dezembro. O casal havia aparecido pela última vez por meio de vídeo em agosto, sem os filhos, convocando os governos a pressionar o governo do Afeganistão para que mude a política de execuções de insurgentes capturados.
No início de maio, Cabul enforcou seis prisioneiros ligados ao Talibã, no primeiro conjunto de execuções realizadas como parte da nova política de linha dura do presidente Ashraf Ghani contra os militantes, que estão intensificando a ofensiva nacional.
Contatado pela AFP, o porta-voz do grupo Talibã, Zabihullah Mujahid, disse que não poderia comentar o vídeo. Também não houve uma reação imediata do departamento de Estado dos Estados Unidos ou do governo afegão.
No início deste ano, os pais de Caitlin, James e Lyn Coleman, que moram na Pensilvânia, apelaram aos talibãs para que libertassem o casal e seus dois filhos pequenos.
Os Colemans viram a filha pela última vez em julho de 2012, quando ela partiu para a Rússia em uma viagem com Boyle que também os levou à Ásia Central e posteriormente ao Afeganistão. Os pais de Caitlin contaram ao Circa News que receberam uma carta da filha, em novembro, como prova de que ela e Boyle ainda estavam vivos, e anunciando que ela havia dado à luz um segundo filho.
O casal também foi visto em um vídeo enviado aos seus pais, em 2013, em que pediam ao governo norte-americano e as suas famílias que garantissem sua libertação.
Os Colemans divulgaram o vídeo depois que Bowe Bergdahl, um sargento do exército americano mantido prisioneiro por cinco anos no Afeganistão, foi libertado em uma troca de presos.