Um terremoto de magnitude 7,8 na escala Richter, considerado grande e com capacidade de provocar danos graves em zonas vastas, atingiu neste domingo a Nova Zelândia. Inicialmente, o tremor havia sido classificado com magnitude 7,4 – a escala vai até 9.
Os tremores foram sentidos à noite, 23h02min no horário local (9h02min de Brasília) e moradores relatam que casas desabaram na cidade de Cheviot, onde o tremor foi sentido com força.
O terremoto gerou blecaute em algumas áreas e pessoas deixaram suas casas em Wellington, capital do país. A Defesa Civil local lançou um alerta de risco de tsunami, com o aviso de que os moradores de áreas costeiras busquem abrigos em regiões mais altas e acompanhem as notícias.
A Defesa Civil disse que são esperadas ondas de 3 a 5 metros na região próxima do epicentro, incluindo as ilhas Chatham. A atividade das ondas poderá durar várias horas, segundo a Defesa Civil. Por volta das 15h, o risco de tsunami foi rebaixado em algumas áreas.
O órgão ainda não possui informações sobre danos, feridos e mortos. Já a imprensa local fala que há relatos de feridos em North Canterbury, incluindo Kaikoura e Culverden. Ainda conforme a imprensa local, há uma pessoa desaparecida em Kaikoura.
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Segundo o USGS (Serviço Geológico dos EUA), o tremor ocorreu a uma profundidade de 10 km e próximo à cidade de Amberley (veja no mapa abaixo) e foi seguido de diversos abalos secundários de menor intensidade, o maior deles de magnitude 6,2. No entanto, o fenômeno foi sentido em quase toda a Nova Zelândia.
O epicentro foi a 90 quilômetros de Christchurch, a maior cidade da Ilha do Sul, onde outro terremoto de magnitude 6,3 deixou 185 mortos em fevereiro de 2011.
Moradores deixam áreas costeiras
Moradores de áreas costeiras da Nova Zelândia deixaram estas regiões na madrugada desta segunda-feira
O apresentador de rádio Simon Morton, que trabalha na capital, Wellington, disse que deixou sua casa depois que percebeu que o mar havia recuado. Outras pessoas se somaram a ele na busca por um local mais alto e seguro.
Em várias cidades, hóspedes foram obrigados a deixar hotéis, entre elas Nelson, a cerca de 200 quilômetros do epicentro, onde a seleção de críquete do Paquistão está hospedada.
– O local inteiro começou a tremer. Estávamos no sexto e sétimo andares, e deixamos o hotel imediatamente – contou o técnico Wasim Bari ao ESPN Cricinfo.
A Nova Zelândia fica no limite das placas tectônicas da Austrália e do Pacífico, que formam o Círculo de Fogo, e experimenta até 15 mil tremores por ano.
*AFP