Aos gritos de "Cuba livre" e "liberdade, liberdade", milhares de exilados cubanos foram às ruas de Miami, nos Estados Unidos, para festejar a morte de Fidel Castro. Tambores, panelas, cantoria e estouros de espumante também fizeram parte da comemoração dos cubanos.
– É triste que se festeje a morte de uma pessoa, mas essa pessoa nunca devia ter nascido – disse Pablo Arencibia, um professor de 67 anos que deixou Cuba há 20 anos.
Com comentários como "demorou demais" e "agora falta Raúl", mais de mil pessoas se abraçavam e dançavam a morte do líder cubano, que morreu na noite de sexta-feira no horário local (1h29min de sábado, no horário brasileiro de verão), aos 90 anos. As regiões de Little Havana e Hialeah, conhecidas como redutos de exilados, eram onde se concentravam as comemorações.
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Ao passo que as pessoas iam acordando, se juntavam ao grupo para celebrar – ainda que de pijama. Eram cubanos de todas as idades cantando o hino do país e até mesmo norte-americanos juntando-se à festa.
– Satanás é que tem que se preocupar agora, pois Fidel vai querer tirar o lugar dele – brincou Arencibia, em meio ao barulho de buzinas e fogos de artifício.
De acordo com o Centro de Investigação Pew, dois milhões de cubanos vivem nos Estados Unidos, sendo que 68% residem na Flórida, onde fica Miami.