O diretor do FBI (polícia federal americana), James Comey, informou, nesta sexta-feira, a membros da Câmara de Representantes, que reabrirá a investigação contra Hillary Clinton, após encontrar novos e-mails dela. A polícia tentará determinar se continha material secreto nas mensagens.
"O FBI tomou conhecimento da existência de correios que parecem ser pertinentes à nossa investigação", escreveu Comey aos legisladores em carta divulgada por eles. "Manifestei meu aval para que o FBI tome as medidas investigativas apropriadas para que os peritos analisem estes e-mails", acrescentou.
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O adversário de Hillary na corrida presidencial americana, Donald Trump, comemorou a notícia imediatamente e enalteceu o FBI por rever a decisão de encerrar as investigações.
– Nós não devemos deixá-la levar seu esquema criminoso para o Salão Oval – disse Trump à multidão que o saudava em um evento de campanha em Manchester, New Hampshire. – Eu tenho grande respeito ao fato de o FBI e o Departamento de Justiça agora estarem dispostos a ter coragem para corrigir o terrível erro que cometeram – declarou.
Equipe de Hillary exige detalhes
A equipe de campanha de Hillary exigiu do FBI que divulgue "detalhes completos" a respeito da investigação reaberta sobre os e-mails que a candidata democrata à Presidência americana usou quando era secretária de Estado.
"É extraordinário ver isto a 11 dias das eleições presidenciais. O diretor do FBI deve aos americanos divulgar imediatamente detalhes completos do que está examinando agora", afirmou John Podesta, gerente de campanha de Hillary, em nota oficial.
Podesta negou que o FBI tenha reaberto a investigação realizada durante vários meses vários meses no começo do ano.
"A carta do diretor Comey indica que e-mails surgiram em um caso sem relação (com a investigação anterior), mas não temos ideia do que são estes e-mails e o próprio diretor observa que poderiam não ser importantes".
A revelação ocorre no momento em que Hillary aparece à frente nas pesquisas de opinião, a onze dias das eleições.
O FBI já tinha feito uma exaustiva investigação sobre o escândalo desatado após a decisão da candidata de usar um servidor privado de e-mails quando era secretária de Estado para determinar se circulou informação secreta neste servidor.
Ao fim da investigação, em julho, Comey anunciou que o FBI não apresentaria acusações formais contra Hillary Clinton, mas afirmou que a ex-secretária de Estado e seus assessores tinham sido "extremadamente descuidados" no tratamento de informação sensível.
*AFP