O impeachment de Dilma Rousseff e a assunção de Michel Temer ao posto de presidente estão replicando fortemente além-fronteiras. A Venezuela chamou seu embaixador e "congelou" as relações com o Brasil. A Bolívia e o Equador também tiraram seus embaixadores. A Argentina emitiu nota se resumindo a dizer que manterá a relação bilateral – sem maiores juízos de valor. O Uruguai lamentou, também em comunicado, o que define como "profunda injustiça" contra Dilma. O chanceler brasileiro, José Serra, foi implacável com os bolivarianos, também chamando os embaixadores brasileiros em Caracas, La Paz e Quito. Em relação ao Uruguai, tergiversou, dizendo que haverá um encontro com o presidente Tabaré Vázquez. Com a Argentina, foi mais proativo: anunciou que o Brasil apoia o país vizinho e Portugal para que um deles ocupe a secretaria geral das Nações Unidas.
Rescaldos de uma semana tensa
Venezuela de olho no Brasil
Impeachment de Dilma impulsiona os defensores do referendo revogatório de Maduro, e Temer daria apoio incisivo à medida
Léo Gerchmann
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