Seis combatentes curdos morreram em disparos da artilharia da Turquia na região norte da Síria, onde Ancara realiza há duas semanas uma operação contra o grupo Estado Islâmico (EI) e as milícias curdas.
De acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o exército turco abriu fogo na quarta-feira à noite contra uma área da fronteira próxima de Afrin, um dos três "cantões" curdos, no norte da Síria.
"Seis membros das forças curdas morreram e nove civis ficaram feridos", afirmou o OSDH, que citou "disparos intensos".
Leia mais
Biden declara apoio e diz que EUA vão trabalhar de perto com Temer
Ministro da Fazenda do México renuncia ao cargo após escândalos
Oposição síria apresenta em Londres um plano de transição política
A Turquia iniciou em 24 de agosto uma operação militar na Síria, com o nome "Escudo de Eufrates", dirigida oficialmente contra as milícias curdas e o extremistas do EI. Centenas de rebeldes sírios, apoiados pelos tanques e pela aviação turca, assumiram em poucas horas o controle da localidade de fronteira de Jarablos.
Mas as YPG (Unidades de Proteção do Povo), principal grupo curdo armado na Síria, são as que têm feito a maior parte do trabalho para conter o EI.
Diplomacia
O governo dos Estados Unidos se encontra em uma situação complicada desde que a Turquia, sócio e aliado na Otan, iniciou a ofensiva terrestre na Síria contra as YPG, apoiadas por Washington na luta contra o EI.
As milícias curdas são consideradas por Ancara como um grupo "terrorista".