Ao menos 185 mil pessoas fugiram do Sudão do Sul desde julho deste ano, jovem País que está em guerra civil há dois anos e nove meses. Com isso, mais de um milhão de refugiados já precisaram deixar a nação africana, indicou a ONU nesta sexta-feira.
– O número de refugiados sul-sudaneses acolhidos em países vizinhos superou nesta semana a marca do milhão – disse um porta-voz da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) em Genebra.
O Sudão do Sul soma-se, assim, à Síria, Somália e ao Afeganistão – três países com mais de um milhão de refugiados –, informou o ACNUR. Além disso, outros 1,6 milhão de sul-sudaneses estão deslocados dentro do país.
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O Sudão do Sul está afundado em uma guerra civil desde dezembro de 2013. O conflito se intensificou em julho. A maioria dos novos refugiados registrados pelo ACNUR cruzaram a fronteira em direção a Uganda (143.164). Alguns foram à Etiópia e outros ao Quênia, à República Democrática do Congo (RDC) e à República Centro-Africana.
O Sudão do Sul se tornou independente do Sudão em julho de 2001 após 25 anos de guerra civil. No entanto, o País voltou a afundar em uma nova guerra civil em dezembro de 2013, conflito que também tem um componente étnico e que deixou várias dezenas de milhares de mortos.
Por sua vez, cinco milhões de sul-sudaneses, ou seja, mais de um terço da população, terão que enfrentar uma insegurança alimentar "sem precedentes", segundo a ONU.