A candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton aproveitou o debate presidencial na segunda-feira para defender a importância da diplomacia para os Estados Unidos. Ex-secretária de Estado, Hillary tem experiência em política externa.
A democrata mencionou os "questionamentos e inquietações" transmitidos a ela por funcionários estrangeiros após a candidatura de Trump e buscou enviar uma mensagem tranquilizadora.
– Em meu próprio nome, e acredito que também em nome de uma maioria de americanos, quero dizer que nossa palavra é confiável – disse Hillary.
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Trump afirmou durante a campanha que, se chegar à Casa Branca, o apoio de Washington aos seus aliados da Otan não será uma questão automática. A declaração provocou reações indignadas tanto no país quanto no exterior.
– Quero garantir aos nossos aliados, ao Japão, à Coreia do Sul e a outros: temos tratados de Defesa e vamos honrar estes tratados – advertiu a ex-secretária de Estado.
Em contraponto, Trump, sem poder competir com Hillary em experiência diplomática, optou por insistir na mensagem que repete em seus atos de campanha, afirmando que as abordagens tradicionais fracassaram, e que é o momento de virar a página.
– Hillary tem a experiência, nisso estou de acordo, mas é uma experiência ruim. Olhem para o Oriente Médio, é o caos total. E em grande medida é sua responsabilidade – disse o candidato republicano, antes de criticar todos os acordos assinados pelo governo de Barack Obama, em particular o fechado com o Irã por seu programa nuclear.
Para Trump, sua própria experiência no mundo dos negócios será uma ferramenta útil no cenário internacional e defendeu uma política externa americana menos intervencionista.
– Quando você era secretária de Estado, o grupo Estado Islâmico era pequeno, e agora está presente em 30 países. E você diz que pode derrotá-lo? Não acredito que possa – alfinetou.
Os Estados Unidos "não podem ser a polícia do mundo", insistiu.
– Eu gostaria de ajudar todos os nossos aliados, mas perdemos bilhões de dólares nisso – comentou Trump.
Em relação à questão nuclear, Hillary mostrou-se mais direta. "Um homem que pode ser provocado com uma mensagem no Twitter não deve ter as mãos próximas aos códigos nucleares" para lançar mísseis, destacou.