Ao menos 60 pessoas morreram e 29 ficaram feridas em um atentado suicida nesta segunda-feira em Aden contra jovens recrutas do exército. As informações foram divulgadas pelas principais instituições médicas da cidade do sul do Iêmen.
O ataque é um dos mais violentos em Aden desde o início da guerra no Iêmen em 2015 e foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
– Sessenta mortos em uma operação mártir de um combatente do Estado Islâmico contra um centro de recrutamento do exército em Aden – publicou a agência Amaq, órgão de propaganda do grupo extremista.
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Um carro-bomba foi detonado durante uma reunião de novos recrutas diante da escola "Sanafir" na zona norte da cidade. O balanço de 60 mortos e 29 feridos foi divulgado por fontes de três hospitais para onde foram levadas as vítimas.
Aden, que foi retomada pelas forças oficiais em julho de 2015 das mãos dos rebeldes xiitas huthis e declarada "capital provisória" do Iêmen, foi cenário de vários atentados contra as forças de segurança e lideranças políticas, alguns deles reivindicados por grupos extremistas como a Al-Qaeda ou o EI. O atentado anterior, reivindicado pelo EI, matou quatro policiais em 20 de julho.
No dia 6 de julho, as forças do governo, apoiadas pela coalizão militar árabe, expulsaram os extremistas de uma base militar de Aden que havia sido atacada após dois atentados contra o local.
A Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) reivindicou os atentados suicidas e o ataque posterior à base militar, próxima ao aeroporto internacional, onde morreram 10 soldados.
Em maio, o EI reivindicou dois atentados contra recrutas do exército e uma base militar em Aden (41 mortos), assim como um ataque suicida contra jovens recrutas da polícia em Mukalla, sudeste do país, que também deixou 41 mortos.
Conflito
O Iêmen enfrenta, desde março de 2015, um conflito entre as forças governamentais, apoiadas por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, e os rebeldes huthis, respaldados pelo Irã.
Os rebeldes huthis controlam a capital, Sanaa, e vastos territórios do norte do país. A guerra já provocou mais de 6,6 mil mortes.