O homem suspeito de abrir fogo contra policiais em Dallas, matando cinco deles e ferindo outros sete, foi identificado como o morador do Texas Micah Johnson, de 25 anos, informaram meios de comunicação americanos nesta sexta-feira.
Johnson vivia no subúrbio de Mesquite, em Dallas, informaram a CBS News e a NBC News. Ele foi morto em uma tensa troca de tiros com a polícia após o ataque, que também deixou dois civis feridos.
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Antes de ser morto, Johnson disse que não pertencia a nenhum grupo organizado e que apenas queria "matar policiais brancos", segundo informou o chefe da polícia de Dallas.
A polícia conseguiu encurralar Johnson em um prédio e tentou negociar a rendição. Na negociação, ele também disse ter instalado bombas em todo o centro de Dallas, mas especialistas em explosivos não encontraram qualquer artefato.
Johnson morreu depois que a polícia utilizou um robô com explosivos enviado ao local em que ele se entrincheirou.
A ação ocorreu durante um protesto em Dallas, no Texas, contra a violência policial contra negros nos Estados Unidos. Centenas de pessoas participavam da manifestação, que acontecia no Belo Garden Park, no momento dos disparos. As manifestações ocorrem um dia depois de dois casos envolvendo morte de homens negros após ações policiais.
Na noite de quarta-feira, Philando Castile, 32 anos, foi morto após uma blitz na cidade de Falcon Heights. Sua namorada gravou com o telefone celular os últimos momentos do jovem depois de ser baleado. Sua filha pequena também estava no carro.
Na véspera, outro homem negro foi morto pela polícia na Louisiana (sul dos EUA). Alton Sterling, de 37 anos, vendia CDs na porta de uma loja de conveniências em Baton Rouge quando foi baleado por dois policiais brancos. O chefe de polícia da Louisiana disse que Sterling estava armado, mas uma investigação federal foi aberta para apurar o caso.
*AFP