Dois fortes terremotos atingiram a costa noroeste do Equador na noite deste domingo, deixando pelo menos um ferido e destruindo casas. Os tremores ocorreram três meses depois de um devastador terremoto o que matou mais de 600 pessoas, em abril.
O epicentro dos tremores ocorreu a cerca de 35 km de profundidade e próximo à cidade de Esmeraldas, no litoral equatoriano, a cerca de 300 km da capital Quito. O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico não emitiu alerta imediatamente após o terremoto.
Os abalos de 6,4 e 5,9 graus de magnitude ocorreram logo depois das 21h (22h de Brasília), informou o Instituto Geofísico (IG).
Após as avaliações, "uma pessoa apresentou uma fratura como consequência dos tremores secundários", disse em uma videoconferência o ministro Coordenador de Segurança, César Navas. Ele acrescentou que há "casas ou infraestruturas que apresentaram certas fissuras".
O ministro disse que o aeroporto, a Refinaria de Esmeraldas e o porto da província não sofreram danos. Mais cedo, o presidente Rafael Correa anunciou que nesta segunda-feira as aulas serão suspensas nas províncias de Manabí e Esmeraldas para que as estruturas das escolas sejam avaliadas. Navas indicou que 75 pessoas foram levadas aos abrigos instalados.
As primeiras informações do Serviço Integrado de Segurança ECU 911 apontam que em vários setores da província de Esmeraldas a energia elétrica foi cortada.
Também ocorreram desabamentos na estrada que une Esmeraldas com a localidade de Pedernales, na província de Manabí – epicentro do terremoto de abril.
Tremores secundários
O Instituto Geofísico do Equador afirmou em seu relatório mais recente que ocorreram até o momento 2.134 tremores secundários do terremoto de abril. Os mais fortes ocorreram em maio e foram de 6,7 e 6,8 graus de magnitude.
Segundo imagens da televisão local, as pessoas saíram assustadas de suas casas após os tremores, que também foram sentidos com força nas províncias de Santo Domingo de los Tsáchilas e Pichincha, cuja capital é Quito.
– Foi muito forte. Outra vez o pesadelo –, disse à AFP Marcela Arellano, moradora de Santo Domingo.
A mulher contou que nas ruas "as crianças choravam e todos estavam assustados".
As autoridades pediram calma aos cidadãos e explicaram que os tremores secundários continuarão, embora não possam indicar a magnitude que terão.