Os primeiros indícios de que que o assassinato da deputada britânica Jo Cox poderá prejudicar o "Brexit", como é chamada a possibilidade de saída britânica da UE, foi registrado nesta sexta-feira, quando houve a valorização da libra após vários dias de queda, pela percepção de que a morte da Cox pode frear em definitivo o avanço dos partidários do Brexit.
Durante toda a sexta-feira as homenagens a Cox foram intensas. Em Birstall, no Norte da Inglaterra, local do crime, a estátua do teólogo Joseph Priestley, figura marcante na região, amanheceu repleta de flores em luto pela deputada.
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Deputada britânica assassinada havia recebido ameaças
Muitas pessoas não conseguiram conter as lágrimas ao pensar na morte de Jo, uma política de apenas 41 anos, mãe de dois filhos pequenos.
Cox era partidária da permanência do país na União Europeia e, segundo vários meios de comunicação, seu agressor gritou "Reino Unido primeiro!", um lema da ultradireita britânica.
A polícia britânica informou que Cox havia recebido ameaças de um homem que não era Thomas Mair, que foi detido por sua morte.
O Reino Unido não registrava o assassinato de um político desde os anos 1980 e o começo dos 1990, quando eram alvo do IRA (Exército de Libertação Irlandês).