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A trabalho na cidade de Kediri, na Ilha de Java, na Indonésia, o engenheiro eletrônico Luiz Weber, de Taquara, assistiu à erupção do Monte Kelud, de 1.731 metros, na sexta-feira e captou imagens. O vulcão, considerado um dos mais perigosos de Java, fica nos arredores das cidades de Kediri e Blitar, que sofrem com toneladas de cinzas e areia expelidas pelo vulcão. Duas pessoas morreram.
Veja os registros:
Da área atingida, Weber relata que, em alguns lugares, há o acúmulo de 10 centímetros de areia e cinzas e que muitos telhados desabaram com o peso dos detritos. Pelo menos 200 mil pessoas de 36 aldeias em um raio de 10 quilômetros ao redor do Kelud, no distrito de Kediri, ao leste de Java, precisaram ser retiradas da região. Weber está a cerca de 20 quilômetros do vulcão e foi até a barreira policial a 12 quilômetros de distância. Apenas em um dia, o vulcão expeliu 200 milhões de metros cúbicos de material. Em 1990, relatam os moradores, o vulcão teve erupções diárias durante 45 dias.
- Há ainda muita fumaça, areia e cinzas por todo o lado. Aqui no centro, muito da cidade já está limpo. Várias escolas estavam sendo usadas como abrigo e havia muito apoio policial e militar no transporte de pessoas e alimentos. Eles já têm, previamente cavados, no outro lado do vulcão, valos para conduzir possíveis rios de lava. Eles estão relativamente bem organizados para esse tipo de situação - conta Weber.
Na Indonésia, há cerca de 130 vulcões em atividade. No início do mês, a erupção de outro vulcão, o Sinabung, oeste de Sumatra, provocou 16 mortes. As erupções do Kelud provocaram desde o século 16 quase 15 mil mortes, sendo 10 mil em 1568.
Weber conta que esteve na cratera do Kelud duas vezes no ano passado e fotografou um "pequeno vulcão", resultado da erupção de 2007, que foi menos intensa do que a atual.
- Saindo da cratera, descendo uns 200 metros do vulcão, existe um rio de água fervente. Tentei deixar a sola dos pés dentro, mas só consegui por menos de dois seguros.