Mohamed Mursi durante discurso na ONU em 2012
Foto: Stan Honda/AFP
O Egito marca hoje o terceiro aniversário da derrubada do ditador Hosni Mubarak, enquanto protestos contra a deposição do presidente Mohamed Mursi continuam.
A Aliança Anti-Golpe no Egito, formada por 40 partidos islâmicos, lançou um boletim urgindo aos apoiadores de Mursi para protestarem em massa nesta terça-feira para comemorar a derrubada de Mubarak.
A aliança também encorajou manifestantes a protestarem perto de embaixadas e consulados de países que apoiaram o governo militar interino no país.
Os manifestantes protestam há meses contra o ministro da Defesa Abdul Fatah al-Sisi e contra Mubarak - descritos pela aliança como dois lados da mesma moeda e inimigos da revolução.
Enquanto isso, apoiadores do ex-presidente pedem sua recondução ao cargo.
Em 25 de dezembro, o governo militar classificou a Irmandade Muçulmana, partido de Mursi, como uma organização terrorista, alegando seu envolvimento em um bombardeio mortal - sem investigação ou qualquer evidência.
Milhares de membros da organização e partidários foram presos acusados de incitar violência no país africano.
O Egito passa por turbulência desde o dia 3 de julho, quando o exército derrubou Mursi, suspendeu a Constituição e dissolveu o Parlamento. O exército também apontou o chefe da Suprema Corte, Adly Mansour, como presidente interino.