Mal terminou o período de 10 dias de luto nacional e o arcebispo anglicano Desmond Tutu, prêmio nobel da paz e amigo de Nelson Mandela, conhecido por não ter papas na língua, começou a disparar críticas ao Congresso Nacional Africano (CNA), partido no governo, que organizou as cerimônias de despedidas. Segundo Tutu, Mandela não gostaria de saber que os representantes de religiões da população africâner foram excluídos das cerimônias, incluindo o gigantesco ato no estádio Soccer City, há uma semana, em Joanesburgo, bem como da despedida realizada em Qunu, vilarejo onde Mandela construiu uma casa e onde foi sepultado no domingo. Tutu diz que a decisão foi do CNA e que contraria os princípios de união multirracial pela qual Mandela lutou.
No sábado, a imprensa sul-africana publicou a informação de que ele se queixara não ter sido convidado ao funeral em Qunu. O motivo seria o fato de que Tutu "fala demais". Ao fim, Tutu foi a Qunu e enterrou o amigo de longa data.
Após o luto
Tutu denuncia exclusão de religiosos africâners
Arcebispo anglicano afirmou nesta terça-feira que decisão contraria os princípios pelos quais Mandela lutou
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