Os trinta membros da tripulação do Greenpeace detidos depois de uma ação em uma plataforma de petróleo no Ártico foram transferidos de uma prisão em Murmansk para São Petersburgo, anunciou a ONG nesta sexta-feira.
- O Greenpeace Internacional soube através de fontes diplomáticas que os trinta homens e mulheres detidos na Rússia após uma ação pacífica contra uma plataforma de petróleo no Ártico foram transferidas para uma prisão em São Petersburgo - indicou a organização em um comunicado, acrescentando não saber os motivos da transferência.
- Muitos diplomatas confirmaram esta informação - disse à AFP uma porta-voz do Greenpeace, Danielle Taaffe.
- Os prisioneiros não deveriam estar em prisão nenhuma. Eles deveriam estar livres para voltar às suas famílias e retomar suas vidas - declarou o diretor do Greenpeace International, Kumi Naidoo, citado no comunicado.
- Vai ser mais fácil para as famílias e funcionários consulares visitar os trinta. Mas não há nenhuma garantia de que as condições no novo centro de detenção serão melhores do que em Murmansk. E, na verdade, poderiam ser piores - acrescentou.
Trinta membros da tripulação do navio "Arctic Sunrise", da organização ecologista Greenpeace, foram detidos no final de setembro pela guarda costeira russa no Mar de Barents, depois de membros do grupo tentarem escalar uma plataforma de petróleo para denunciar os riscos ecológicos da extração de petróleo na região.