Na internet, dados podem ser vigiados e é difícil saber se estamos seguros. Para ajudar a prevenir a exposição nas redes, ZH ouviu especialistas e elaborou uma cartilha de proteção. As dicas, expostas em ordem de prioridade, vão das básicas às extremas. Você decide até onde ir.
1) Bloqueie arquivos maliciosos
Proteja seu computador pessoal de programas maliciosos, como vírus, spywares e cavalos de troia, que podem repassar suas atividades para terceiros. Para isso, nada de deixar para depois a atualização de seus programas. Mantenha todos os softwares instalados com as versões mais recentes e com todas as atualizações disponíveis aplicadas. Além disso, use mecanismos de segurança como antimalware e antivírus mais potentes. No entanto, novos códigos maliciosos podem surgir, a velocidades nem sempre acompanhadas pela capacidade de atualização dos mecanismos de segurança.
2) Senhas fortes
Pode parecer tentador usar a data do aniversário ou o nome dos filhos como senha, mas essa não é uma boa ideia. Todos os seus serviços devem ter uma senha única, que seja fácil de lembrar para você e impossível de decifrar para terceiros. Não repita as mesmas letras, insira caracteres especiais e varie entre maiúsculas e minúsculas. Também é possível baixar programas como o LastPass, que ajudam a gerar senhas fortes.
3) Cuidado com serviços populares
Provedores de busca como Google e Bing podem ser usados com parcimônia. Se estiver preocupado com o rastreamento de informações, recorra a sites como o DuckDuckGo (duckduckgo.com), que promete não rastrear nem armazenar suas buscas. Contas em grandes servidores de e-mail como Gmail e Hotmail são mais vulneráveis. Seu navegador deve ser escolhido com cuidado: Google Chrome, Internet Explorer e Safari não são considerados seguros por especialistas. Firefox e Opera, além de navegadores que mantêm o usuário anônimo, como o Tor, são boas opções para usar a internet.
4) Cautela com seu smartphone
Se você avaliar que grandes empresas, como Apple, Google e Microsoft são monitoradas, a saída mais segura é não abusar dos smartphones. Além disso, muitos aplicativos (como o Foursquare) exploram sua localização e a compartilham em outras redes sociais, como o Twitter e o Facebook, para oferecer serviços melhores. Os celulares sem acesso à internet também oferecem riscos, mas a quantidade de informações que podem ser monitoradas é bem menor.
5) Cuidado com o local da conexão
Variar o local de sua conexão à internet - intercalar entre as redes de sua casa e de bibliotecas, cybercafés e lan houses - pode aumentar sua segurança. Ao conectar-se de diferentes lugares, você assegura que não usa sempre o mesmo endereço IP (cada computador na internet possui um IP único, que é o meio em que as máquinas usam para se comunicarem na internet).
6) Criptografe
Quem não quer abrir mão da comunicação virtual com outras pessoas pode pensar em criptografia de dados. O sistema de criptografia pega a mensagem e os arquivos anexos ao e-mail e faz com que somente a pessoa com a senha de quem enviou o e-mail consiga visualizar o conteúdo. Programas gratuitos, como o GPG (Gnu Privacy Guard), ajudam nessa tarefa, mas o destinatário de seus e-mails deverá obrigatoriamente ter algum programa capaz de decodificar a mensagem, caso contrário, o conteúdo não poderá ser acessado.
7) Configure uma rede privada
Para se manter anônimo na internet, o usuário pode configurar um serviço de Rede Privada Virtual (VPN) - servidor particular que cria um túnel de dados criptografados para outro servidor. Quando adequadamente implementados, os protocolos podem assegurar comunicações seguras por redes inseguras. A configuração de um serviço assim é cara e deve ser feita por profissionais.