Na rede, seus movimentos podem ser acompanhados. Veja como.
Governos
São as entidades com mais poder em relação ao acesso a informações de usuários. Apesar de não terem interesse em dados privados, monitoram atividades suspeitas, principalmente relacionadas a terrorismo. Governos do mundo inteiro têm acesso a esse tipo de informação. No Brasil, por exemplo, a Anatel monitora chamadas telefônicas (de onde, para onde e quando foram realizadas).
Empresas
Responsáveis por boa parte do fluxo de dados pessoais na rede, empresas de tecnologia têm fácil acesso aos conteúdos de seus usuários. Apple e Google, por exemplo, responsáveis pelos dois sistemas de smartphone mais populares do mundo, são capazes de rastrear uma quantidade inimaginável de informações. Justamente por isso, é importante ler com calma as letrinhas miúdas quando se aceita os termos de utilização de sistemas populares, como redes sociais e serviços de e-mail.
Espionagem industrial
Mais antiga do que a internet, a espionagem industrial foi potencializada pela virtual. Grandes empresas desenvolvem sistemas para proteger seus segredos, desde a fórmula de um refrigerante até a tecnologia usada em um novo modelo de smartphone. Disputas também podem ir mais além e tomar proporções internacionais. Recentemente, China e Estados Unidos trocaram acusações sobre o assunto depois de um comitê civil de analistas americanos ter apresentado um relatório que denunciava que hackers chineses tiveram acesso a vários sistemas de armamento americano nos últimos meses.
Publicidade
Você já reparou que, quando pesquisa várias vezes um mesmo tema na internet, um destino de viagem, por exemplo, começa a receber e-mails e informações sobre o lugar? Isso acontece porque empresas de busca, como Google, Microsoft e Yahoo desenvolveram programas que usam algoritmos para rastrear perfis de comportamento e quais são os seus interesses no momento. As grandes empresas vendem as informações para empresas menores, interessadas em oferecer serviços por meio de e-mails e publicidade personalizada.
Hackers
Ameaça mais conhecida (e temida) pelos usuários, os hackers podem ter interesses diversos ao invadir computadores alheios. Desde roubar informações bancárias para realizar fraudes até acessar dados pessoais e íntimos para obter vantagens. Infelizmente, o número de ataques no Brasil é crescente. De acordo com pesquisa realizada pela Symantec, o país é o mais vulnerável da América Latina e o 22º mais vulnerável do mundo. Só no ano passado, por exemplo, o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) recebeu mais de 400 mil notificações de incidentes de segurança, número 17% maior que o total de 2011.