De retorno à Casa Branca após a sua reeleição, o presidente Barack Obama deve partir para uma reformulação de seu governo, com mudanças previsíveis no Departamento de Estado, no Pentágono e no Tesouro.
O presidente americano não tinha compromissos em sua agenda ontem. Teria aproveitado para projetar o gabinete que o acompanhará no segundo mandato, até o início de 2017.
Entre os principais integrantes da equipe de Obama que sairão está Hillary Clinton, há quatro anos no comando da diplomacia americana. Hillary, 65 anos, deixará o governo após a posse do democrata, em 20 de janeiro. Enquanto circulam rumores sobre sua possível candidatura à presidência em 2016, ela diz que deixará a política. Os nomes do candidato presidencial democrata em 2004, John Kerry, e da embaixadora na ONU, Susan Rice, são cotados para o cargo.
O secretário de Defesa, Leon Panetta, também quer descansar. Aos 74 anos, dirige o Pentágono após ter chefiado a Central de Inteligência (CIA). Entre seus possíveis substitutos está a ex-número 3 do Pentágono Michele Flournoy, que seria a primeira mulher a ocupar o cargo. Outro é Ash Carter, o atual número 2 e especialista em assuntos fiscais.
Questões orçamentárias e fiscais serão o centro das preocupações de Obama até o fim do ano. O nome do substituto do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, terá, portanto, importância particular, depois de quatro anos marcados pela crise econômica e por duras negociações com o Congresso - a Câmara dos Representantes tem maioria republicana. O secretário-geral da Casa Branca, Jack Lew, conhecedor de temas orçamentários e parlamentares, pode sucedê-lo.
Na política externa, Obama se reuniu ontem, em Paris, com o presidente francês, François Hollande. A presidente Dilma Rousseff conversou por 10 minutos com ele, cumprimentando-o. Afirmou que sua reeleição foi "importante para o Brasil e para o mundo". Disse ainda que os dois países poderão ampliar as relações e que espera reencontrá-lo em breve.
Nova etapa
Obama fará uma reforma ministerial
Um dos auxiliares que devem sair é Hillary Clinton, cotada para ser candidata presidencial em 2016
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