Sob a liderança dos EUA, as tropas estrangeiras no Afeganistão continuam pagando um preço alto por suas missões, com mais de 560 mortos em 2011, o segundo maior número de mortos gerado nos 10 anos de guerra contra a insurgência talibã.
Os comandantes da Otan, liderados pela International Security Assistance Force (ISAF) dizem que a violência está em declínio na região, desde o envio extra de 33 mil soldados americanos ao terreno.
A ONU, no entanto, diz que a violência tem aumentado na região, com greves em massa sendo geradas no país pelas vítimas dos talibãs. O número de mortos de soldados estrangeiros em 2011 foi de 565. Os países que perderam mais soldados foram os EUA e a Grã-Bretanha, com 417 e 45, respectivamente, segundo uma contagem da AFP baseada em números do site independente icasualties.org.
Em 2010, foram registradas 711 mortes de soldados, contra 521 em 2009. A contagem de mortos agravou-se após vários ataques devastadores, incluindo o bombardeio do carro de um comboio da ISAF em Cabul em outubro, que matou 17 soldados, e o abate de um helicóptero em Wardak, ao sul da capital, em agosto, quando 30 soldados dos EUA morreram.
Contudo, são os civis afegãos que pagam o preço mais alto. O ataque mais mortífero do ano deixou ao menos 80 mortos em Cabul, no dia sagrado da Ashura no início de dezembro. As tropas americanas, no entanto, já começaram a retirar, sendo que 10 mil soldados deixaram o país este ano e o restante deve sair até o próximo outono.
Outras forças estrangeiras também têm reduzido suas missões e devem sair integralmente até 2014. Desde a invasão liderada pelos EUA que derrubou o Talibã em 2001, um total de 2.846 soldados estrangeiros morreram no conflito.
- Vimos uma redução considerável dos ataques inimigos (este ano). Isso é um resultado de sucesso no campo de batalha e significa uma redução de sua capacidade de nos atacar - disse o porta-voz da ISAF, o brigadeiro-general Carsten Jacobson.
Saldo negativo
Mais de 560 soldados estrangeiros morreram no Afeganistão em 2011, diz agência
France Presse baseou contagem em números de site independente que analisa a guerra no país do Oriente Médio
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: