O Centro de Operação da Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que o município entrou em Estágio de Mobilização nesta terça-feira (29) por causa da greve dos rodoviários e motoristas de aplicativo. O Estágio de Mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco e significa haver riscos de ocorrências de alto impacto na cidade, podendo afetar a rotina de parte da população.
A greve foi decretada na noite desta segunda-feira (28) pelo Sindicato dos Rodoviários do Município do Rio por tempo indeterminado. O BRT, sistema de ônibus articulado, não tinha veículos rodando até o início da manhã, afetando milhares de pessoas que tentavam se deslocar a partir da zona oeste da cidade. Além disso, parte da frota tradicional também não estava rodando por diversos pontos da capital.
A situação ficou um pouco melhor por volta das 9h, após o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) considerar a paralisação ilegal. Ainda assim, muitas pessoas se aglomeravam em calçadas e plataformas de embarque à espera de coletivos. E quem não pôde esperar e optou por carros de aplicativo, precisou encarar preços mais altos do que o habitual para o horário.
Por volta das 8h desta terça, motoristas de aplicativo realizaram uma concentração e saíram em carreata até o escritório da Uber no Rio de Janeiro. De acordo com a Associação dos motoristas de app, 60% da categoria aderiu ao movimento, que protesta contra as tarifas cobradas pela empresa e contra o aumento dos combustíveis.
Um Termo de Conciliação firmado em abril de 2018 estabelece que em caso de greve, pelo menos, 50% das linhas que deixam de circular precisam operar em até 24 horas para atender a população. Em nota, a prefeitura do Rio informou que montou um plano de contingência para reduzir os transtornos causados.