A Polícia Federal, em conjunto com o Serviço de Auditoria do Ministério da Saúde, deflagrou na manhã desta quinta-feira (3) a segunda fase da Operação Fuscus, para dar continuidade a investigações relacionadas a denúncias de desvios de recursos públicos - parte deles eram destinados ao combate da pandemia em Santa Catarina.
Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão em endereços de órgãos públicos, empresas, servidores públicos e empresários nos municípios catarinenses de Sombrio, Araranguá, Passo de Torres, Jacinto Machado, Praia Grande, Timbé do Sul, São João do Sul - todos no sul do Estado, e em Balneário Camboriú, no litoral norte catarinense.
A operação teve início em setembro de 2020, após uma denúncia que apontava aquisições de maior volume em uma secretaria pertencente a um dos municípios do Estado. Na primeira fase da Fuscus, se investigou desvios de R$ 1,7 milhão. Segundo a PF, mesmo após a deflagração da operação e as ações fiscalizatórias dos órgãos competentes, os investigados seguiram com as condutas suspeitas, abrindo assim a necessidade do prosseguimentos das investigações em uma nova fase.
Esta nova ação busca a colheita de provas de supostas fraudes na aquisição de medicamentos, insumos e EPIs que não teriam sido totalmente entregues ao poder público, gerando gastos que deveriam ser destinados ao enfrentamento do estado de emergência causado pela covid-19 nas cidades.
Também se busca identificar uma eventual participação de servidores públicos no esquema, e para onde foi destinado estes valores, que no total somam aproximadamente R$ 6 milhões. Caso a fraude seja comprovada, os investigados poderão responder pela prática dos crimes de: organização criminosa, peculato e fraude ao caráter competitivo de licitações, cujas penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão.