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Em homilia, arcebispo de Aparecida pede pátria sem armas, ódio e fake news

Arcebispo começou a sua reflexão mencionando os povos indígenas, negros e as famílias enlutadas pela covid-19

Estadão Conteúdo

Ícaro Malta, especial para o Estadão

ALOISIO MAURICIO / FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes

Durante a homilia na missa solene das nove horas da manhã no Santuário Nacional em Aparecida, no interior de São Paulo, o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, relembrou uma mensagem do papa Francisco durante a sua visita ao Brasil em 2013 e fez um apelo pelo desarmamento. O arcebispo começou a sua reflexão mencionando os povos indígenas, negros e as famílias enlutadas pela covid-19, buscando expandir o gesto simbólico do papa de abraçar o povo brasileiro.

Ressaltando também que crianças e pobres formam o povo, dom Orlando disse: 

— Para ser pátria amada não pode ser pátria armada.

— Seja uma pátria sem ódio, uma república sem mentira e fake news — completou.

Ao finalizar a homilia, o arcebispo reafirmou o pedido por vacina e se mostrou favorável à ciência.

A celebração das 9h foi a quarta do dia da padroeira em Aparecida. A igreja opera apenas com 30% da capacidade, recebendo 2,5 mil romeiros por celebração. Dentro do santuário o distanciamento tem sido respeitado, e uso de máscara é obrigatório. O local espera receber entre 60 e 80 mil fiéis nesta terça-feira, dia das celebrações da padroeira do Brasil. No ano passado, mesmo com as missas fechadas para o público, 30 mil pessoas foram ao santuário. Conforme a prefeitura, o policiamento foi reforçado pelo Estado e 500 agentes vão garantir a segurança, além do cumprimento das regras sanitárias contra a covid.

Nos dias que antecederam os preparativos para a celebração em Aparecida, quatro romeiros morreram — entre a noite de sábado (9) e domingo (10). Eles estavam a caminho da basílica de Nossa Senhora Aparecida.

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