As promotoras de Justiça Simone Sibílio e Letícia Emile decidiram se afastar da força-tarefa que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a decisão foi voluntária. O motivo não foi informado.
As promotoras Simone e Letícia assumiram o caso em setembro de 2018, seis meses após o assassinato. Segundo Anielle, as duas eram muito próximas da família. Segundo o jornal O Globo, elas teriam optado por deixar as investigações devido a possíveis interferências externas em seus trabalhos.
"A Procuradoria-Geral de Justiça do MPRJ reconhece o empenho e a dedicação das promotoras ao longo das investigações, que não serão prejudicadas. O MPRJ anunciará em breve os nomes dos substitutos das promotoras na força-tarefa", informou o órgão, em nota.
Anielle Franco, irmã de Marielle, disse que a família foi pega de surpresa com a notícia.
— Saiu o delegado. Agora, as promotoras. A gente não consegue saber o que está acontecendo. É desesperador. Não podemos perder as esperanças. Mas com tantas mudanças... — afirmou.
No último dia 7, também deixou o caso o delegado Moysés Santana, substituído por Henrique Damasceno como titular da Delegacia de Homicídios (DH) da capital fluminense. Essa foi a terceira mudança de delegado desde o início das investigações.
A Anistia Internacional afirmou, no sábado (10), que acompanha o afastamento das promotoras com preocupação e exigiu das autoridades respostas sobre o processo.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) classificou a saída como "gravíssima":