SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Brasil registrou recorde de número de novos casos nesta quarta-feira (22). Foram registradas 65.339 infecções nas últimas 24 horas, o que elevou o número total para 2.231.871. O número de mortes se manteve acima de mil, com 1.293. Com isso, os óbitos chegaram 82.867.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. O balanço é fechado diariamente às 20h.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha de S.Paulo também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
O volume registrado às segundas tende a ser baixo, porque laboratórios têm atividade menor aos fins de semana. Já a média móvel para a segunda-feira considera também os dados dos seis dias anteriores, uma informação mais estável.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 1.052.
O Piauí não enviou dados atualizados de casos até o fechamento do balanço.
O Brasil tem uma taxa de cerca de 39,6 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 43,7 e 68,6 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 5,6 mortes por 100 mil habitantes.
O Ministério da Saúde informou, nesta quarta, que o Brasil registrou 67.860 casos de contaminação pelo novo coronavírus e 1.284 mortes em decorrência da Covid-19 nas últimas 24 horas.
O total já chega a 82.771 mortes e 2.227.514 casos pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.