A chuva desta segunda-feira (10) provocou caos na maior cidade do Brasil. São Paulo ficou ilhada com os alagamentos que invadiram centenas de vias e bairros, inundando e bloqueando as marginais Tietê e Pinheiros — os rios de mesmo nome transbordaram pela primeira vez desde março de 2016.
O volume de água foi o maior para fevereiro em apenas um dia nos últimos 37 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Foram 121,8 mm de água na estação do Mirante e 145,8 mm na estação de Barueri.
A cidade ficou em estado de atenção para alagamentos por 17 horas, entre a madrugada (1h) e o final da tarde (18h02min) desta segunda. A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) foi inundada pelas águas, provocando problemas no abastecimento de alimentos na cidade.
Na cidade de Osasco, um deslizamento de terra no Morro do Socó soterrou um menino de oito anos, de acordo com o site G1. Ele foi resgatado com vida. Em Taboão da Serra, 500 pessoas ficaram desalojadas por deslizamentos de terra.
A gestão Bruno Covas (PSDB) afirmou que decidiu manter a suspensão do rodízio de veículos nesta terça-feira (11). A medida é uma das adotadas após reunião do gabinete de crise com o prefeito e secretários na tarde desta segunda.
Segundo secretários da gestão tucana, a decisão foi tomada para amenizar o desconforto desta segunda, em que cidadãos acabaram ficando com carros ilhados em vários pontos da cidade, sem poder voltar para suas regiões de origem.
Entre outras medidas para amenizar os problemas na cidade, estão a limpeza dos locais onde as águas baixaram para liberação das ruas para os veículos.
Um levantamento feito pela TV Globo afirma que a prefeitura de São Paulo usou 48% da verba reservada no orçamento para prevenção de enchentes em 2019. Do total de R$ 973 milhões previstos para o ano, apenas R$ 474 milhões foram utilizados, segundo dados de execução orçamentária do município.