Após dois anos de obras, a terça-feira (18) foi de inauguração da usina termelétrica de São Sepé, que fica às margens da ERS-149, e usará casca de arroz para produzir energia. Mas, o início das operações comerciais é projetado para janeiro de 2019. A usina - que é um empreendimento da Cooperativa Regional de Eletrificação Rural do Alto Uruguai (Creral) e de mais quatro empresas de energia - teve um investimento de R$ 60 milhões. O ato de inauguração ocorreu no fim da manhã na própria usina.
No momento, são realizados testes de sopragem para limpeza da tubulação de vapor da termelétrica que tem potência de 8 megawatts e abastecerá até 30 mil domicílios – o que deve atender, na prática, entre 100 mil e 120 mil pessoas. São Sepé tem cerca de 24 mil habitantes. A projeção é que, quando a usina passe a operar, todo o município tenha capacidade de ser coberto pela energia produzida pela termelétrica
De acordo com João Alderi do Prado, diretor da Creral, a energia gerada pela usina foi vendida em um leilão por um período de 20 anos. Estiveram à frente da compra, 28 distribuidoras de todo o país. Mesmo que a energia seja lançada no Sistema Interligado Nacional (SIN), fisicamente o consumo dessa energia será local, pois estará disponível no sistema elétrico regional, a partir da subestação Formigueiro. A casca de arroz será fornecida por empresas de oito municípios do entorno de São Sepé. Para produzir energia, a usina utilizará mais de 70 mil toneladas de casca de arroz por ano.
Conforme a empresa, a cinza resultante da queima será utilizada na produção de cal mista por uma empresa de calcário da região.
Durante a construção da usina foram gerados 500 postos de trabalho. Quando as operações comerciais tiverem início, a expectativa é de que permaneçam em trabalho uma média de 30 pessoas.
No final do mês passado, a usina recebeu as autorizações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para a realização dos testes e, assim, conectar-se ao Sistema Interligado Nacional (SIN).