Um dia depois de aquaplanar o Corsa que conduzia na RS-239 e cair no Arroio Cruzeiro do Sul, em Sapiranga, no Vale do Sinos, o açougueiro Dirceu Zanetti, 52 anos, ainda tem dificuldade de relembrar o acidente. Apesar de não ter se machucado, ele afirma que restaram poucas memórias do momento de pânico que viveu ao lado da enteada, a estudante Stefani Oliveira, de 18 anos, e do colega de trabalho Elias Schu, de 50. Na manhã de quinta-feira (26), o carro em que os três estavam capotou, bateu nas extremidades de uma ponte e depois caiu na água com as rodas para cima. Somente Elias se machucou.
_ Na hora, a gente não pensa em nada. Eu não lembro de muita coisa, só lembro que o carro passou por uma poça de água e eu perdi o controle. Quando vimos, estávamos lá embaixo do arroio. Daí saímos do carro e subimos para a estrada. Logo o atendimento chegou _ conta.
Naquela manhã, Zanetti dava carona para o colega de trabalho, como de costume, mas ambos faziam desvio na rota. Antes de começar o expediente, eles haviam levado a esposa de Zanetti para Sapiranga para visitar o filho, que está hospitalizado, e retornavam de lá com a enteada do casal.
_ A gente vinha para Parobé, onde trabalhamos, mas estávamos dando uma carona para a nossa enteada, que ia para Araricá. O Elias sempre vai comigo para o trabalho e ajuda na gasolina. A gente se ajuda. Ele se machucou um pouco no acidente, quebrou uma costela e está hospitalizado, mas está bem, em estado regular _ conta o açougueiro, que lembra de ter batido a cabeça durante a queda do carro.
Zanetti lembra, ainda, que todos estavam usando cinto de segurança, e atribui a isso o fato de não terem se machucado mais:
_ Se não fosse isso, a gente não tinha escapado. Temos de agradecer muito a Deus que saímos desse jeito. Temos de agradecer que saímos bem, já que do carro não sobrou nada.