O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que o trabalho de remoção dos escombros do prédio de mais de 20 andares que desabou na manhã desta terça-feira (1º), na capital paulista, vai levar pelo menos uma semana. Três pessoas estão desaparecidas, mas o número pode aumentar.
O prédio pertencia à União e já sediou instalações da Polícia Federal. Atualmente, segundo Covas, o local era ocupado por pelo menos 150 famílias, conforme cadastrado junto à Secretaria da Habitação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo ele, até as 8h20min, 71 famílias já haviam sido atendidas pela Secretaria de Assistência Social e 191 pessoas foram encaminhadas para abrigos. Elas vão receber água e alimentação.
De acordo com a prefeitura, oito prédios do entorno têm ocupações e, em toda a cidade de São Paulo, há pelo menos uma centena de prédios invadidos. Covas reforçou que a administração municipal tenta desestimular as ocupações irregulares.
— A prefeitura fez o limite do que poderia fazer. Não podemos obrigar as pessoas a sair — afirmou em entrevista coletiva.
O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), esteve no local nesta manhã e disse que há mais de 150 prédios ocupados indevidamente no Estado, mas não há balanço exato da quantidade de pessoas que vivem nos imóveis. Alguns são particulares e o governo não pode tirar.
— É uma briga judicial o tempo todo. O que temos que fazer é convencer as pessoas a não morar desse jeito — afirmou.
Durante entrevista à GloboNews, o governador acrescentou que o Estado está apoiando a prefeitura e as famílias estão sendo encaminhadas para abrigos.
— Vamos fornecer o apoio necessário. Depois, se elas quiserem, as famílias terão direito ao aluguel social. A gente paga enquanto elas não encontram um lugar para elas — disse França.