Mais de dois anos após a morte do estudante de Medicina Fernando Zucuni Furlan, 23 anos, na piscina de uma casa no bairro Assunção, na zona sul de Porto Alegre, o processo que apura as circunstâncias do incidente – ocorrido em dezembro de 2015 –ainda aguarda o resultado de uma perícia no celular e no computador do jovem.
A análise foi solicitada depois de uma alteração processual, no final de 2016. Apesar de não existir um réu no processo, a Justiça entendeu que a competência do julgamento deveria sair do Foro da Tristeza para a 2ª Vara do Júri no Foro Central, por tratar-se um crime contra a vida. Desde então, o caso é tratado como homicídio qualificado, para que mais diligências possam ser realizadas.
Apesar de já ter ocorrido perícia no local do fato – a investigação policial apontou para acidente –, o Instituto Geral de Perícias (IGP), a pedido do Ministério Público, informou que irá concluir e repassar às autoridades em março o resultado das análises nos equipamentos de Furlan. O objetivo neste processo é verificar todos os fatos possíveis. Inicialmente, conforme apuração policial, os resultados indicaram que o jovem escorregou e bateu com a cabeça na piscina, morrendo afogado. Ele apresentava um ferimento no crânio que, segundo o laudo, é compatível com a borda da piscina e teria ocorrido enquanto ele ainda estava vivo. Na época, a polícia ainda apurou que o estudante de medicina estava alcoolizado e chovia durante a festa. Ainda foi apurado que não havia outra pessoano local no momento do incidente.
Relembre o caso
A morte ocorreu na madrugada de 2 de dezembro, em uma residência na Rua Coroados, na Vila Assunção, Zona Sul de Porto Alegre. No local, ocorria uma festa de uma turma do 3º ano do curso de Medicina. Segundo a investigação, os amigos deram falta de Fernando e passaram a procurá-lo pela casa. No entanto, o encontraram já sem vida no fundo da piscina no pátio do local onde acontecia a confraternização.