A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) teve a liberação de R$ 9,5 milhões do Ministério da Educação (MEC). Mas o valor deve chegar ao montante de até R$ 12 milhões. O recurso está inserido dentro do anúncio do MEC, feito na quarta-feira (6), para instituições e universidades federais de todo o país, que chega a R$ 1 bilhão.
Dos quase R$ 12 milhões, que a UFSM terá acesso, R$ 9,5 milhões são para os chamados recursos financeiros discricionários, voltados para a produção de bens e serviços públicos. Ou seja, para pagar o que foi executado pela instituição por serviços já entregues – como etapas de obras, equipamentos comprados e pagamento de serviços terceirizados. Esse recurso, inclusive, foi depositado ainda na quarta na conta da Federal, conforme relatou à reportagem da Rádio Gaúcha nesta manhã, o reitor Paulo Burmann.
A outra fatia, desse valor, deve ficar entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões. Esta verba, que deve ser depositada na semana que vem na conta da instituição, é voltada para empenho ao orçamento para custeio (manutenção da estrutura) e para investimento.
Contudo, a preocupação do reitor Paulo Burmann é que essa liberação de recursos por parte do MEC não representa em uma reversão no quadro de contingenciamento que a UFSM passa.
"Não se trata de dinheiro novo. É verba que estava e, que ainda segue, contingenciada, represada. A situação é, e segue sendo, extremamente preocupante", fala em tom de desabafo o reitor.
O reitor prevê que a UFSM deve fechar o ano com um déficit de, ao menos, R$ 25 milhões. Sendo que, nos últimos quatro anos, a Federal deixou de receber R$ 270 milhões – entre 2014, 2015, 2016 e, agora, neste ano.
Destes R$ 270 milhões, que não vieram para a UFSM, R$ 140 milhões são referentes a custeio e investimento do campus principal e dos demais campi. Mas, ainda há quase R$ 130 milhões referentes à expansão do campus de Cachoeira do Sul.