A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) convive com uma realidade que se repete nos últimos quatro anos: a redução no orçamento para custeio e investimento. O reitor da instituição, Paulo Burmann, afirma que a Federal deixou de receber R$ 270 milhões – entre 2014, 2015, 2016 e, agora, neste ano.
Essa não é a primeira vez que a UFSM sofre com uma redução drástica. Em 2014, o corte em investimentos foi de 59%. No ano seguinte, o índice foi de 46%. E em 2016, o contingenciamento foi, ligeiramente, menor: 37%. E, agora, a projeção deve ficar na casa dos 45%.
Destes R$ 270 milhões, que não vieram para a UFSM, R$ 140 milhões são referentes a custeio e investimento do campus principal e dos demais campi. Mas, ainda há quase R$ 130 milhões referentes à expansão do campus de Cachoeira do Sul.
O efeito mais prático disso, conforme o reitor, é que há atraso na conclusão das obras que estão em andamento e de outras que não puderam ser iniciadas devido à falta de garantia de recursos por parte do governo federal.
Mas a parte da pesquisa também é comprometida, segundo Burmann. Ele explica os desdobramentos dos cortes com dois exemplos práticos: a impossibilidade de se viabilizar parcerias com as escolas de ensino público da rede básica de Santa Maria e Região Central. Além de se ter prejuízo na execução de projetos de ensino e pesquisa que seguem em compasso de espera.
Há prejuízo também no andamento e garantia na execução de projetos de ensino e pesquisa. Os financiamentos internos e externos de pesquisas também sofrem com os cortes. A oferta de bolsas também tem caído e, além disso, há uma menor produção acadêmica. Com menos pesquisas, diminui as chances de receber projetos com recursos privados e públicos, conforme o reitor.
Burmann estará até quinta-feira (24) em Brasília na busca pela liberação do passivo que a União deve à instituição.