Pela segunda vez no mesmo mês, o Pronto-Socorro (PS) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) enfrenta mais um quadro de superlotação. Além dos 23 leitos ocupados, o PS está, na manhã desta terça-feira (29), com 52 macas no corredor – quando a capacidade limite é de 19. Ou seja, está praticamente com o triplo da capacidade de atendimento.
A situação começou a ficar difícil ainda no fim de semana, conforme Salvador Penteado, que é chefe da gestão de cuidados do hospital, mas foi na segunda-feira (28) que o quadro se agravou.
Ainda na segunda, a direção do Husm emitiu um documento em que comunica a restrição de atendimento à 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS) e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). As prefeituras da região também foram comunicadas sobre o quadro de superlotação do PS.
Dos 52 pacientes, cinco deles apresentam um quadro de intubação e ventilação mecânica, o que exigiria internação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Também há pacientes internados nas salas de recuperação. O limitador, agora, é a estrutura física para receber pacientes – que está esgotada.
Com mais essa superlotação, desses oito meses do ano, em sete deles, o PS esteve superlotado. O hospital recebe pacientes referendados de Santa Maria e de mais 40 municípios da região. Em 2016, o PS do Husm fechou 12 vezes em decorrência da superlotação.
No Pronto-Socorro, são prestados atendimentos nas áreas da traumatologia, oncologia, entre outras demandas. Apenas no PS mais de 50 profissionais – entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros profissionais – prestam atendimento à população.
Salvador Penteado lembra que, enquanto isso, o Hospital Regional de Santa Maria – entregue há 11 meses – segue com as portas fechadas.