A Polícia Civil esclareceu a autoria de mais dois assassinatos em Caxias do Sul. As mortes de Volnei Corso Vargas, 30 anos, e Robson Camargo de Souza, 29, foram em decorrência de desavenças familiares, e os autores respondem em liberdade. Com estes casos, já foram solucionados 11 dos 29 assassinatos registrados no município neste ano.
No mais recente, a ex-companheira de Souza confessou a autoria do crime. A mulher de 20 anos alega legítima defesa, afirmando que a vítima, que era funcionário da Visate, lhe agredia.
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No entanto, a mulher nunca registrou ocorrências por violência doméstica. Em depoimento,a suspeita contou que, na noite de 2 de março, Souza a procurou na Rua Julio Calegari, no bairro Nossa Senhora das Graças, e eles discutiram.
O homem teria puxado uma faca e tentado agredi-la. A mulher afirma que o empurrou e que a faca caiu. Ela foi mais rápida e o golpeou. Com Souza caído, a mulher fugiu.
– Aparentemente, o número de facadas (apenas uma) condiz com a versão da suspeita. Infelizmente,é comum mulheres vítimas de violência doméstica não registrarem ocorrência.Iremos verificar o histórico do relacionamento e ouvir mais testemunhas para concluir o inquérito – afirma o delegado Rodrigo Kegler Duarte, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.
A suspeita possui antecedentes criminais por furto e lesão corporal. A investigação deve ser concluída nos próximos dias.
Concunhado é indiciado por homicídio no São José
Na semana passada, a Polícia Civil concluiu e remeteu ao Ministério Público o inquérito sobre o assassinato de Volnei Corso Vargas, 30 anos, ocorrido no dia 16 de fevereiro. O concunhado da vítima,que não teve a identidade divulgada, foi indiciado por homicídio simples e porte ilegal de arma.
De acordo com o delegado Guilherme Gerhardt, que responde interinamente pela Delegacia de Homicídios, o suspeito de 31 anos confessou a autoria do disparo e alegou ter agido sob violenta emoção.Vargas foi assassinado a tiros na Rua Professor Luiz Facchin, no bairro São José, após levar a companheira até a parada de ônibus.
Na volta, encontrou o concunhado. O autor relatou que interveio,em favor da mulher, em uma desavença do casal.
Ele alega que Vargas esboçou uma reação ofensiva e se sentiu intimidado,por isso atirou.Vargas foi atingido no lado esquerdo do peito e morreu no local. A arma do crime não foi encontrada pela investigação.
O indiciado não possuía antecedentes criminais e responde em liberdade.