Três pessoas de uma família de Ijuí, no noroeste do Estado, perderam a vida em um acidente de trânsito na manhã de sábado na cidade argentina de Colonia Victoria, na província de Misiones, que faz divisa com o Rio Grande do Sul. O Prisma onde estavam se chocou com um Gol no quilômetro 1.555 da rota 12. Morreram o professor de educação física Diego Paradynski dos Santos, 31 anos, a mulher dele, Maraísa Forgiarini, 30 anos, jornalista, e o pai dela, Valtair Geraldo Meggiolaro Forgiarini, 57 anos, funcionário do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Esposa de Valtair e mãe de Maraísa, a professora Mariza Fátima Meggiolaro Forgiarini, 51 anos, foi levada para um hospital na cidade de Eldorado, passou por uma cirurgia e, segundo familiares, não corre mais riscos.
Segundo a imprensa local, relatos de testemunhas indicam que o Gol com placas da Argentina teria invadido a pista contrária. Após o choque, os dois carros saíram da estrada e caíram em um barranco. O veículo argentino era conduzido pelo suboficial da Prefeitura Naval Argentina (órgão federal responsável por fiscalizar a navegação) Edgardo Gabriel Vargas, 24 anos, que apenas se feriu. Segundo ainda a imprensa local, o boletim médico do argentino indicava a presença de "hálito etílico". Conforme a polícia de Misiones, Diego ainda teria sido conduzido com vida para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
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A família voltava de uma viagem de férias em Foz do Iguaçu (PR). Saíram na terça-feira. Tanto na ida quanto na volta optaram por fazer o caminho pela Argentina, alternativa usual para quem mora no noroeste do Estado. Na cidade paranaense, visitaram as cataratas do Iguaçu, o parque das aves e a usina de Itaipu.
O acidente abalou Ijuí, onde a família morava e tinha um grande número de amigos. Além de professor de educação física, Diego era árbitro de futsal. O irmão, Felipe Paradynski, é jogador de futsal e se notabilizou como o atleta mais jovem a defender a seleção brasileira profissional. Hoje joga na equipe do Palma Futsal, em Mallorca, na Espanha. A mãe deles visitava Felipe na Europa e ambos foram informados do acidente após uma partida em que ele jogava em outra cidade. Pessoas que conheciam a família contam que os dois irmãos eram muito ligados. Diego e Maraísa chegaram a viajar para a Rússia e a Espanha quando Felipe saiu do Brasil para jogar.
Devido aos trâmites burocráticos na Argentina, até o início da noite deste domingo a família ainda não tinha certeza se os corpos chegariam nesta segunda-feira ou na terça-feira para os atos fúnebres. Como é esperado um grande número de pessoas, o velório será realizado no ginásio municipal de esportes.
– A espera é longa e dolorosa – resumiu a secretária Leila Maria dos Santos Barros, 44 anos, irmã de Mariza e tia de Maraísa.
Diego e Maraísa não tinham filhos mas, após a reforma da casa, os planos do casal incluíam apressar a vinda de um bebê.