A presença de um animal diferente dos encontrados normalmente na beira da praia está chamando a atenção de alguns veranistas neste ano. Conforme a diretora do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), professora Carla Ozorio, o "dragão azul", como é chamado popularmente, é um tipo de molusco com cerca de 4 centímetros, de cor azulada.
O dragão azul pode aparecer em maior quantidade na costa litorânea nesta época do ano, devido às correntes marinhas. No entanto, não apresenta risco graves aos banhistas.
"Ele não é capaz de produzir uma toxina como a mãe d'água, mas pode se alimentar da caravela e armazenar no seu tecido as toxinas, o que, talvez pelo contato, possa causar algum acidente. Eu nunca li algum relato sério com esses animais", esclarece a professora em entrevista ao programa Gaúcha Repórter (ouça abaixo).
Por precaução, a bióloga orienta a não segurar o animal e evitar contato. Em casos de lesão, é importante procurar um médico.
Ainda de acordo com a professora, esse animal vive na superfície dos oceanos e flutua em razão de expansões corporais longas (ceratos) e uma bolha de gás no seu estômago que é engolida periodicamente. Os tons de azul servem para proteção contra predadores e raios solares. O dragão azul se alimenta de animais invertebrados, principalmente pequenos cnidários flutuantes.