Dirigentes de entidades do comércio de Caxias do Sul apontam, no balanço parcial de vendas da principal data comemorativa do ano, um desempenho ainda modesto. A expectativa inicial da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Sindilojas da cidade era de manter os mesmos índices de vendas do ano passado, já com a queda acumulada em relação a 2014, ou um crescimento real (descontada a inflação) de no máximo 2%.
De acordo com Ivonei Pioner, presidente da CDL, comerciantes relataram, de uma forma geral, que a última semana que antecedeu o Natal foi mais calma do que se imaginava. "A impressão que se teve é que foi aquém do que se esperava. A expectativa não se confirmou, porque as pessoas compraram presentes de menor valor", destacou Pioner, acrescentando também o impacto da situação política na confiança do consumidor.
O presidente do Sindilojas, Sadi Donazzolo, diz que o ticket médio ficou em cerca de R$ 90 em Caxias. No Natal passado, o dirigente apontava que o gasto por presente era superior a R$ 100, mas diz que neste ano ano o volume de vendas, em alguns casos, compensou o preço menor dos itens. Por isso, Donazzolo é mais otimista e acredita que os comerciantes vão fechar o balanço de Natal com números positivos, atingindo a expectativa de aumento de 2% em relação ao ano passado. "O tempo ajudou, a semana foi cheia, sem feriadão no meio, e entrei em contato com outros sindicatos do Estado e Caxias está um pouco melhor, porque foi a primeira e entrar na crise e acreditamos que pode ser a primeira a sair", disse o presidente do Sindilojas.
Em função dos presentes mais baratos, o movimento maior também foi nas lojas de rua. Segundo Donazzolo, os ramos de vestuário, calçados e brinquedos lideraram as vendas e, mesmo os eletrodomésticos ou produtos da chamada linha branca, tiveram um desempenho um pouco melhor do que no passado. Já comerciantes de jóias e perfumes apontaram diminuição nas vendas deste ano.
Vale destacar também que, passado o Natal, o comércio ainda tem reflexo do movimento dos últimos dias em função da troca de presentes. A obrigatoriedade da troca é só para caso de defeito no produto, porém a orientação do Sindilojas é flexibilidade do lojista para atrair mais pessoas para o estabelecimento. Se no momento da venda o lojista assumir esse compromisso, também passa a haver obrigatoriedade da troca.