A decisão de iniciar uma greve de professores a partir do dia 13 de dezembro, tomada na tarde de quinta-feira em assembleia geral do Cpers, é considerada equivocada e inoportuna pelo Secretário Estadual da Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade desta sexta-feira, Freitas apontou que uma paralisação no final do ano letivo pode prejudicar professores e alunos:
– É inoportuno porque estamos no final do ano. As férias estão programadas para iniciar no dia 23 de dezembro na maioria das escolas, e a greve, para começar dez dias antes. É um período de provas finais, conversas com pais, entre outros. Acreditamos que a maioria dos professores terá compreensão sobre o que se passa no Estado e não irá parar.
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A paralisação, que foi decidida em assembleia realizada em frente ao Palácio Piratini, é contra o pacote de medidas para tentar conter a crise financeira encaminhado pelo governador José Ivo Sartori. Entre os itens mais contestados do pacote, estão a extinção da licença-prêmio e o término da cedência remunerada de servidores para sindicatos.
Ainda de acordo com Freitas, a greve é equivocada porque a questão do pacote está para ser debatida na Assembleia Legislativa:
– É lá que se fazem as discussões para que sejam votados os projetos do governo.
Sobre possíveis mudanças no calendário letivo, o secretário acredita que não serão necessárias pela baixa adesão dos servidores à greve. As escolas que paralisaram no primeiro semestre no ano já tiveram os calendários reorganizados, com o término do semestre somente em janeiro.
O programa Gaúcha Atualidade tentou contato com a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, mas não havia conseguido falar com a professora até as 9h15min. Na tarde de quinta-feira, Helenir afirmou que caberia ao governador José Ivo Sartori decidir sobre a recuperação das aulas e a conclusão do ano letivo.
– Isso o governador vai ter que responder. Se ele não quiser que a gente entre em greve, ele resolva e retire o pacote – afirmou.