Terminou em confronto com a Polícia Militar a manifestação da noite desta segunda-feira contra a PEC 241 e o governo Michel Temer no centro de Florianópolis. Ao menos três pessoas foram presas, uma estudante teve ferimentos no rosto e quatro policiais ficaram feridos, segundo o comando da PM.
A manifestação se concentrou em frente ao Terminal do Centro (Ticen) por volta das 18h. O público era consideravelmente menor do que nos protestos anteriores. Com bandeiras e cartazes, eles pediam o fim da PEC 241, que propõe um teto de gastos para o poder público, e da reforma no Ensino Médio.
O conflito começou por volta das 19h20min, quando os manifestantes tentaram ocupar as cabeceiras insulares das pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles. A Polícia Militar, então, reprimiu com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha e conseguiu dispersar o grupo.
Após tentar ocupar as pontes, os manifestantes começaram a marchar pelo entorno do Terminal Rodoviário Rita Maria. Eles chegaram a interditar por alguns minutos o elevado Dias Velho. A PM, novamente, usou a força para dispersá-los.
Em seguida, com a PM empurrando os manifestantes de volta para o Ticen, onde ocorreu a concentração do ato, eles marcharam entre os carros pela Avenida Paulo Fontes. Após alguns minutos de calmaria, novamente houve um confronto, com muitas pedras sendo jogadas contra os policiais, que respondiam com bombas de efeito moral e tiros de bala de borracha. A situação assustou os motoristas, com muitos deles presos em seus carros em meio ao conflito.
Aos poucos, com o uso da força por parte da Polícia Militar, os manifestantes foram retornando ao Ticen, onde ocorreu a dispersão definitiva por volta das 21h. Segundo o tenente-coronel Marcelo Pontes, comandante do 4º BPM, a intervenção foi necessária, pois há uma decisão judicial, que permite à Polícia Militar usar a força para evitar a ocupação das pontes. Além disso, os policiais teriam sido atacados com pedradas, com quatro feridos.
– A ponte é inegociável, já há decisão judicial nesse sentido. Agimos conforme a lei. Lamentamos o fato ocorrido. Estamos aqui para garantir a livre manifestação, mas não a desordem e a danificação do patrimônio público – afirmou Pontes.
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