Aos menos três grupos realizaram ato contra a PEC 241 na noite desta segunda-feira em Porto Alegre. O evento, que teve início por volta das 18h30min, percorreu diversas vias da região central, até encerrar pouco depois das 21h40min, no campus da UFRGS. Em meio a caminhada, os manifestantes lançavam gritos de ordem contra projetos do governo de Michel Temer e contra o próprio presidente.
As avenidas Borges de Medeiros, Júlio de Castilhos, Aureliano de Figueiredo Pinto, João Pessoa, Venâncio Aires e Osvaldo Aranha precisaram receber bloqueios parciais da polícia e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) durante a passagem do protesto, o que deixou o trânsito mais lento na região.
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A manifestação transcorreu pacificamente por quase todo o trajeto, até o momento em que a passeata chegou à Avenida Osvaldo Aranha, onde a Brigada Militar reagiu com bombas de efeito moral a um grupo minoritário que depredou uma agência bancária e contêineres de lixo.
O confronto ocorreu próximo ao Auditório Araújo Vianna, onde era realizado o evento Fronteiras do Pensamento. Por questões de segurança, a Brigada Militar solicitou que os participantes aguardassem dentro do auditório até que a situação fosse controlada.
O Batalhão de Choque e a Cavalaria da BM avançaram em direção aos manifestantes, que, em sua maioria, correram para dentro do Parque da Redenção e depois em direção à Faculdade de Educação da UFRGS, onde houve a dispersão dos participantes do ato por volta das 22h. A fumaça e o cheiro das bombas de gás lacrimogênio, utilizadas pela polícia, cobriram a região da Osvaldo Aranha, próximo ao cruzamento com a Avenida Setembrina.
– Desde o Centro, era uma manifestação pacífica. As pessoas que vinham tentando fazer depredações eram contidas pelos próprios manifestantes – disse o tenente-coronel da BM Marcus Vinicius, que justificou a ação que dispersou o ato.
– Na Osvaldo Aranha, alguns manifestantes quebraram vidros de agências de bancos, para-brisas de automóveis. Nós tivemos duas viaturas quebradas, bolitas arremessadas contra policiais. A partir daí, nós começamos a atuar para dispersar estes manifestantes – afirmou.
Segundo ato do dia
Na Capital, esse foi o segundo ato contra o projeto polêmico nesta segunda. Pela manhã , um outro protesto contra a PEC do teto de gastos foi realizado em Porto Alegre. Manifestantes percorreram e bloquearam algumas vias da região central da Capital.
O projeto, que prevê um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, deve ser votado pela Câmara dos Deputados em segundo turno nesta terça-feira.
*Zero Hora