Na véspera do dia de aniversário de Bernardo Boldrini (em que completaria 14 anos), os advogados de Jussara Uglione, avó dele, ingressaram nesta segunda-feira com um recurso no Tribunal de Justiça do Estado. A ação é contra o novo arquivamento do inquérito que apurou a causa da morte da mãe do menino, Odilaine Uglione, em 2010. A mulher foi encontrada morta no consultório do então marido, Leandro Boldrini, depois de supostamente ter cometido suicídio. Após perícias particulares encomendadas por Jussara, em que se atestava que a carta encontrada junto ao corpo de Odilaine não teria sido escrita por ela, foi determinada uma nova investigação do caso.
O recurso pede que mais pessoas sejam ouvidas e que novas perícias sejam realizadas. Conforme um dos advogados, Marlon Adriano Balbon Taborda, há diversos indícios na nova investigação de que várias diligências deixaram de serem feitas ou foram inconclusivas.
– Fizemos uma análise bem criteriosa e apresentamos algumas situações como perícias inconclusivas, inclusive sem assinatura ou certificação digital. Alguns atos determinados pelo Judiciário, como acareações, também não foram feitas. Nem sequer o trajeto da arma, quem comprou, quem vendeu, quem registrou, nem isso foi feito. Mas estamos esperançosos que os desembargadores analisem com mais acuidade esse processo que clama por justiça – afirma Taborda.
Homenagem pelo aniversário
Neste dia 6 de setembro o menino Bernardo completaria 14 anos, se estivesse vivo. Por isso, a partir das 9h, amigos, familiares e grupos de oração do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rondônia, Rio Grande do Norte, além de diversas cidades do Rio Grande do Sul, vão se reunir junto ao jazigo da família para prestar homenagens. Mais tarde, às 9h30min, será celebrada uma missa no local. Nesta segunda, havia no túmulo um aquário (presente desejado por Bernardo), flores, faixas, fotografias, gravuras de anjos e brinquedos.
Bernardo foi morto pela madrasta dele, Graciele Ugulini, com a ajuda dos irmãos Evandro e Edelvânia Wirganovicz, em maio de 2014. O pai do menino, Leandro Boldrini, também é acusado do crime. Todos estão presos.