Nos últimos dias o governo do Estado anunciou medidas na área da segurança para melhorar a situação do sistema prisional, e também para aumentar o número de policiais militares nas ruas. O primeiro ato foi o decreto de situação de emergência para o sistema penitenciário. A ideia é criar seis mil novas vagas. Já para o policiamento o objetivo é ter, até o final do ano, mais 900 policiais. Porém, ainda não é possível afirmar se Santa Maria e região também serão beneficiadas.
A medida para aumentar o efetivo na Brigada Militar evita que brigadianos que já possam se aposentar saiam para a reserva. O governo vai voltar a conceder o abono permanência, que é o pagamento de um adicional para que não se aposentem. A expectativa é que 400 PM's abandonem a ideia da aposentadoria. Outra ação, que terá projeto encaminhado à Assembleia Legislativa, é uma gratificação de R$ 1,8 mil para que policiais da reserva voltem a ativa.
Conforme o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva Central (CRPO-Central), coronel Worney Mendonça, não é possível dizer se Santa Maria e região serão beneficiadas, já que não houve um comunicado oficial do comando geral da instituição. No entanto, só ontem, dezenas de inativos ligaram ao CRPO para saber da possibilidade de voltar.
Santa Maria não precisaria mais vagas
Em junho deste ano, pela primeira vez desde que foi inaugurada, em 2011, a Penitenciária Estadual de Santa Maria atingiu a totalidade da sua capacidade de engenharia em receber 766 presos. Isso porque, por determinação da Justiça, pessoas que estavam detidas em delegacias de Porto Alegre e Região Metropolitana foram transferidas para cá, em razão de não haver vagas nos presídios daquela região. Antes disso, conforme o delegado penitenciário regional, Anderson Prochnow, desde a inauguração da Pesm, sempre se trabalhou com uma margem de 100 vagas disponíveis. Para ele, criando-se vagas naquela região, não é necessário uma ampliação na cidade.
– Até então o número de vagas foram suficientes para absorver o número de presos de Santa Maria e região. Mas foram praticamente 100 presos que vieram em 10 dias. Os números dos últimos cinco anos comprovam que não é necessário – explica.
Na região a situação mais complicada é nos presídios de Santiago, Júlio de Castilhos e Agudo, que funcionam acima da sua capacidade. No entanto, em Santiago, já está prevista uma ampliação para mais 60 vagas.