Um crime que causou repercussão no ano de 2013 em Santa Maria terá o seu primeiro desfecho decisivo na Justiça hoje. Luiz Cláudio Alves de Moraes será julgado, a partir das 10h, no Fórum de Santa Maria, por ter matado Neiva da Silva Moralles, 43 anos, no dia 11 de setembro de 2013. O homem ainda largou o corpo da mulher no estacionamento do Supermercado Nacional, na Avenida Medianeira. Moraes é acusado de homicídio duplamente qualificado, por asfixia e por não ter dado chances de defesa à vítima. O réu era acusado também de estupro, mas por falta de provas, a acusação foi retirada.
O corpo de Neiva foi jogado no estacionamento por volta das 14h daquele dia. Pessoas viram o carro, um Fusca, chegando ao local e despejando o corpo. Ela estava amarrada da cintura para cima com panos e fita adesiva, e com uma sacola plástica na cabeça. Também apresentava marcas nos pulsos e no pescoço. A vítima estaria bebendo com Moraes antes do crime. Eles teriam discutido. Em depoimento, Marques disse que a vítima o agrediu, e para se defender, amarrou-a com um cinto e acabou a matando.
Moraes foi preso logo após o crime, e segue na prisão até hoje. Durante o processo a defesa do acusado alegou que o réu tinha problemas mentais. Foram feitos dois exames pelo Instituto Psiquiátrico Forense que eliminaram qualquer possibilidade de que ele tivesse alguma insanidade mental.
Atua na acusação o promotor Joel Dutra, e como assistente o advogado Daniel Tonetto. O assistente de acusação espera que o réu seja condenado e pegue, no mínimo, 18 anos de prisão.
– Foi um crime de extrema maldade, brutalidade e covardia. Uma mulher inocente, que foi vítima de um assassinato tão horrível como esse. E não satisfeita ainda, largou o corpo em um estacionamento, na frente de uma escola. Esperamos que o Tribunal do Júri condene, porque Santa Maria não pode admitir um crime como esse – reforça Tonetto.
A defesa será feita pela Defensoria Pública. O juiz Ulysses Fonseca Louzada conduz o julgamento.