Reunido no início da tarde desta terça-feira, o PP adiou a decisão sobre quem apoiar na eleição à prefeitura de Porto Alegre. A sigla havia convocado os cem membros do diretório municipal para deliberar no voto, nesta quarta-feira, sobre o rumo eleitoral, mas a opção acabou sendo por esticar o prazo. Agora, a definição interna ocorrerá na próxima segunda-feira, dia 1º de agosto.
O motivo do adiamento é pragmático. A legenda quer pressionar Sebastião Melo, pré-candidato do PMDB à prefeitura, a ceder a vaga de vice na chapa ao PP. Os outros três pré-candidatos que disputam o apoio do partido, Maurício Dziedricki (PTB), Vieira da Cunha (PDT) e Nelson Marchezan (PSDB), já acenaram positivamente ao pleito do PP de ocupar a posição de vice.
- Vamos fazer uma segunda rodada de conversas com todos os partidos. O que falta decidir é a questão do vice. Queremos indicar o Gustavo Paim ou o Raul Cohen - diz o vereador Kevin Krieger, presidente do PP de Porto Alegre, citando os nomes da legenda para a chapa majoritária.
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Paim é advogado e Cohen foi secretário municipal de Acessibilidade e Inclusão Social. Nos bastidores, lideranças da sigla dizem que, caso Melo não oferte o espaço de vice, "as coisas poderão se complicar" para o fechamento da aliança. O peemedebista, por sua vez, deixa a vaga em aberto porque entende que o pedetista Vieira da Cunha pode desistir da candidatura. Como consequência, o PDT poderia indicar o vice de Melo. É o xadrez eleitoral nos seus últimos dias. O PP reúne o diretório municipal na segunda-feira para decidir o rumo e, na próxima quarta-feira, 3 de agosto, faz a convenção partidária para referendar a decisão.
Na eleição proporcional a vereador, a sigla concorrerá sozinha, com 54 candidatos à Câmara.